YASMIM
A cada mês de maio o Movimento
Tradicionalista Gaúcho realiza a etapa estadual da Ciranda Cultural de Prendas.
A cada mês de maio o Movimento se renova e se enriquece com a participação das
meninas que concorrem, das famílias que acompanham a ciranda, das regiões
tradicionalistas que se fazer representar e, especialmente, pelo cumprimento de
um de seus objetivos: proporcionar espaços de crescimento cultural e pessoal
aos tradicionalistas gaúchos.
A 44ª Ciranda foi encerrada com pleno
sucesso. Santa Maria nos recebeu de cara alegre, como é do jeito do gaúcho. O
clube Dores nos deu um exemplo de dinamismo e parceria: estávamos em casa
naquela magnífica estrutura. As provas foram realizadas na maior tranquilidade,
sem brigas, com respeito a todos, garantindo que todas as prendas pudessem se
apresentar nas melhores condições possíveis.
Tivemos em Santa Maria a presença de
quase 2.000 pessoas para participar da ciranda e a TV Tradição oportunizou a
que outras 500 mil pessoas assistissem as provas pela internet.
As nove prendas que conquistaram os
títulos permanecerão por um ano como nossas representantes, com os encargos
naturais de ser “prenda estadual”. Cada uma delas se preparou para essa nova
situação e, certamente fará o melhor que puder para orgulhar sua família, sua
entidade tradicionalista, sua região e o próprio MTG. As nós outros cabe
auxiliá-las e ampará-las nos momentos de dificuldades e aplaudi-las
permanentemente.
As prendas que não alcançaram
colocação para serem destacadas com o título de “prenda estadual”, foram
igualmente vencedoras, independentemente da classificação. Elas estavam lá
fazendo o que desejavam e sendo felizes.
Mas, desta ciranda, vou carregar
comigo um episódio que por certo passou despercebido da maioria dos tradicionalistas
que se encontravam no baile de encerramento. Eu estava na beira da pista de
dança, apreciando os jovens que dançavam e tentando imaginar o que cada um
deles estava pensando naquele momento. Para mim era um momento especial porque
ali estavam tradicionalistas de todas as idades, bonitos, bem arrumados,
alegres, animados e convivendo em harmonia. De repente estava na minha frente
uma menina, uma prendinha.
“Eu sou a Yasmim, de Três de Maio. O
senhor dança uma música comigo?” Precisei me curvar para ouvi-la. Imagino que
ela tenha uns 10 anos de idade. Confesso que fiquei alguns segundos, entre
surpreso e maravilhado. Dançamos uma vaneira. Ela dança bem. Durante a dança
lembrei do tempo que minha filha tinha aquela idade e me convidava pra dançar
nos bailes e isso me fez muito bem.
Depois de todo o trabalho de
preparação e de dois dias intensos de execução da ciranda de prendas, eu não
poderia receber um presente melhor do que ter sido convidado para dançar pela
pequena Yasmim (acho que é essa a grafia correta). Parece-me que esse episódio
sintetiza a ideologia do próprio Movimento. São momentos como esse que me fazem
estar onde estou e fazer o que faço com o maior cuidado e orgulho. Obrigado
Yasmim!
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