quinta-feira, 31 de outubro de 2013
terça-feira, 29 de outubro de 2013
Clique e veja a ordem de apresentação por modalidade
Danças tradicionais força A
Danças Tradicionais força B
Chula
Gaita Piano
Gaita de Botão até oito baixos
Gaita de botão mais de oito baixos
Gaita de boca
Bandoneon
Violino ou Rabeca
Violão
Viola
Conjunto Instrumental
Conjunto Vocal
Interprete solista vocal masculino
Interprete solista vocal feminino
Declamação Masculina
Declamação feminina
Causo
Dança Gaúcha de Salão
Danças Tradicionais força B
Chula
Gaita Piano
Gaita de Botão até oito baixos
Gaita de botão mais de oito baixos
Gaita de boca
Bandoneon
Violino ou Rabeca
Violão
Viola
Conjunto Instrumental
Conjunto Vocal
Interprete solista vocal masculino
Interprete solista vocal feminino
Declamação Masculina
Declamação feminina
Causo
Dança Gaúcha de Salão
ATENÇÃO GRUPOS DE
DANÇAS TRADICIONAIS FORÇA A E FORÇA B – ENART 2013
Em nome do Departamento Artístico, estamos convidando 1 (um)
representante legal de cada entidade das Danças Tradicionais Força A e Força B
que vão para o ENART este ano para que sexta-feira, 01/11/2013 às 18hs estejam
na sede do MTG, Rua Guilherme Schell nº 60, Porto Alegre/RS para tratarmos de
assuntos de seus interesses.
14ª MOSTRA DE ARTE E TRADIÇÃO GAÚCHA
TEMA
PROPOSTO: LITERATURA REGIONAL
(Prendas e Peões Regionais e de Entidades Tradicionalistas)
LOCAL: Pavilhão de Artesanato do Parque
Oktoberfest / Santa Cruz do Sul
14h às 21h – Visitação
Avaliação do 1º bloco: 13h às 15h
Avaliação do 2º bloco: 15h30min às 17h30min
Avaliação do 3º bloco: 18h às 20h
3 - Para representação da Mostra usar a criatividade e expressar o sentimento do autor escolhido.
4 - Fundamentar o trabalho, através de consulta bibliográfica e entrevistas, para depois ser entregue, por escrito, no momento da Mostra.
2 - Representar de forma criativa um escritor e sua obra.
3 - Divulgar nomes de escritores e suas obras, ainda desconhecidos.
4 - Estimular o gosto pela leitura.
5 - Desenvolver a linguagem e a comunicação.
AVALIAÇÃO:
DISPOSIÇÕES GERAIS:
(Prendas e Peões Regionais e de Entidades Tradicionalistas)
HORÁRIOS:
9h às 11h - Montagem e Organização14h às 21h – Visitação
Avaliação do 1º bloco: 13h às 15h
Avaliação do 2º bloco: 15h30min às 17h30min
Avaliação do 3º bloco: 18h às 20h
INSCRIÇÕES:
ü Cada Região Tradicionalista poderá
inscrever no máximo 18 integrantes entre Prendas, Peões e Guris Regionais,
incluindo Prendas e Peões das Entidades.
ü Ficha de Inscrições deverá ser
entregue até dia 10 de novembro constando o nome completo de cada participante
e o número do Cartão Tradicionalista, juntamente com a Pesquisa Folclórica na
Secretaria do MTG, pelo Coordenador Regional ou pelo Diretor Cultural da RT. As
Credenciais deverão ser retiradas às 9hs, no início da montagem, conforme o
número de inscritos.
ü Entrega dos Certificados para
Diretor (a) Cultural
PROPOSTA:
A 14ª Mostra de Arte e Tradição Gaúcha
propõe-se:
1
- Realizar, através de entrevistas, pesquisas, coleta de dados em revistas,
jornais, fotografias e outros meios, o resgate de escritores que viveram ou
ainda vivem na comunidade local.
2
- Após a coleta de todos os dados, escolher um escritor ou poeta ou contista
pesquisado, procurar ler o livro para ter argumentação durante a mostragem.3 - Para representação da Mostra usar a criatividade e expressar o sentimento do autor escolhido.
4 - Fundamentar o trabalho, através de consulta bibliográfica e entrevistas, para depois ser entregue, por escrito, no momento da Mostra.
OBJETIVOS:
1
- Mapear os principais escritores, poetas no Rio Grande do Sul.2 - Representar de forma criativa um escritor e sua obra.
3 - Divulgar nomes de escritores e suas obras, ainda desconhecidos.
4 - Estimular o gosto pela leitura.
5 - Desenvolver a linguagem e a comunicação.
PROCEDIMENTOS DA
MOSTRA:
É tempo de acelerar o pensamento e
as ações para reverter velhos e encruados hábitos, atitudes, interesses
pessoais e coletivos. Ativar nossa consciência política para refletir e
analisar de como conviver com solidariedade e procurar colocar em prática o que
se pensa. Só seremos capazes de acompanhar essas mudanças se soubermos
acompanhar essas transformações adquirindo através da leitura essa bagagem
cultural para enfrentar a sociedade em que vivemos.
É através da linguagem que nos
comunicamos e essa é a linha mestra da literatura do artista literário que
trabalha com as palavras. A palavra literatura deriva do termo "litterae"
que faz referência ao conjunto de conhecimentos e competências para escrever e
ler bem.
Literatura é a arte de compor obras
em que a linguagem é usada esteticamente como meio de expressão.
Define-se literatura também como
conjunto de produções literárias de uma região, de uma época ou gênero. O
início da literatura sul-rio-grandense ligou-se à prosa que dava maior
facilidade à divulgação e através do soneto podia chegar mais rápido ao
público, através da declamação.
Nossa literatura tem nomes de
projeção rio-grandense e nacional, destacando-se romancistas, poetas,
cronistas, dramaturgos, contistas, pessoas que têm a habilidade de se expressar
seus sentimentos através da escrita.
1
- A avaliação da Mostra será realizada por uma Comissão composta de três
avaliadores e um revisor, indicados pela Diretora de Cultura Interna.
2
- Serão avaliados os seguintes quesitos: conhecimento, oralidade, criatividade,
pesquisa, totalizando 10 pontos.
2
- Para expor o trabalho à Comissão Avaliadora o participante terá até 10
minutos. No caso de ultrapassar o tempo estabelecido perderá 0,05 (cinco
centésimos) de ponto por minuto inteiro que exceder o tempo, que será
descontado da nota final.
1
- Será de responsabilidade do MTG a organização do espaço físico para a
exposição dos trabalhos que serão expostos pelas RTs. Os espaços são
padronizados de 3,0m X 2,0m e as exposições devem se limitar aos mesmos.
2
- A apresentação dos trabalhos expostos estará a cargo das Prendas e Peões Regionais
auxiliados pelas Prendas de Entidades Tradicionalistas.
3
- Em nenhum momento o espaço poderá ficar sem a presença de Prendas ou Peões
inscritos pela Coordenadoria, sob pena desclassificação da RT, na 14ª Mostra de
Arte e Tradição Gaúcha.
4
- Todos os participantes na montagem da Mostra deverão estar pilchados, sob
pena de perder pontos na avaliação.
5
- Todos os inscritos e efetivos na Mostra receberão certificados de
participação.
6
- As três Regiões Tradicionalistas que obtiverem o maior número de pontos na
avaliação receberão um troféu.
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
MTG completa, hoje, 47 anos
A criação do Movimento Tradicionalista Gaúcho MTG foi a realização do anseio e a culminância do trabalho de muitos tradicionalistas. Haviam-se passado 18 anos desde a criação do primeiro CTG.
O MTG hoje é o órgão catalisador, disciplinador e o orientador das atividades dos seus filiados, especialmente no que diz respeito ao preconizado em sua Carta de Princípios propõem que são as "entidades afins". As Entidades Tradicionalistas filiadas ao MTG estão distribuídas nas 30 regiões tradicionalistas (RTs), as quais agrupam os municípios do RS.
É um movimento cívico, cultural e associativo O MTG é uma sociedade civil sem fins lucrativos. Dedica-se à preservação, resgate e desenvolvimento da cultura gaúcha, por entender que o tradicionalismo é um organismo social de natureza nativista, cívica, cultural, literária, artística e folclórica, conforme descreve simbolicamente o Brasão de Armas do MTG, com as sete (07) folhas do broto, que nasce do tronco do passado.
Neste mesmo congresso (12º, em Tramandaí) foi aprovado o Brasão, com todo o trabalho de Heráldica realizado por Hermes Gonçalves Ferreira, com parecer favorável do relator Antônio Augusto Fagundes. Hermes Ferreira viria a ser o primeiro presidente do MTG.
O MTG hoje é o órgão catalisador, disciplinador e o orientador das atividades dos seus filiados, especialmente no que diz respeito ao preconizado em sua Carta de Princípios propõem que são as "entidades afins". As Entidades Tradicionalistas filiadas ao MTG estão distribuídas nas 30 regiões tradicionalistas (RTs), as quais agrupam os municípios do RS.
É um movimento cívico, cultural e associativo O MTG é uma sociedade civil sem fins lucrativos. Dedica-se à preservação, resgate e desenvolvimento da cultura gaúcha, por entender que o tradicionalismo é um organismo social de natureza nativista, cívica, cultural, literária, artística e folclórica, conforme descreve simbolicamente o Brasão de Armas do MTG, com as sete (07) folhas do broto, que nasce do tronco do passado.
Neste mesmo congresso (12º, em Tramandaí) foi aprovado o Brasão, com todo o trabalho de Heráldica realizado por Hermes Gonçalves Ferreira, com parecer favorável do relator Antônio Augusto Fagundes. Hermes Ferreira viria a ser o primeiro presidente do MTG.
Noticias da 30ªRT
ETAPA SELETIVA BOCHA CAMPEIRA
HORARIO: 08h30min
A
Coordenadoria Regional da 30ª RT Do MTG/RS através de seu Departamento De
Esportes Tradicionais, que tem por objetivo preservar e divulgar os hábitos, os
costumes, as tradições e o folclore rio-grandense convidam a todos a
prestigiarem a etapa seletiva de Bocha Campeira, classificatória para a 26ª
Festa Campeira do Estado do Rio Grande Do Sul – FECARS a realizar-se em 2014,
que ocorrera:
DATA: 03/11/2013
LOCAL: PARQUE DO TRABALHADOR – CAMPO BOMHORARIO: 08h30min
sábado, 26 de outubro de 2013
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Noite de gala dos festejos farroupilhas do RS
A festa de premiação dos festejos farroupilhas do RS 2013 aconteceu no centro de eventos da cultura Gaúcha, Almir Azeredo Ramos, a casa do Gaúcho, do Parque da Harmonia, me Porto Alegre, nesta quarta-feira, 23 de outubro. Estiveram presentes inúmeras autoridades e lideranças tradicionalistas. O secretário da Cultura de Porto Alegre, Roque Jacoby, representando o Prefeito José Fortunatti, Manoelito Carlos Savaris, Presidente da CBTG e coordenador do acampamento de Porto Alegre, Rodi Pedro Borghetti, presidente do IGTF, Giovane Tubino, presidente da comissão municipal dos festejos da capital, o vice presidente de administração do MTG, Paulo Roberto Cavalheiro de Souza, o Major Luiz Ulisses Rodrigues Nunes, da Brigada Militar entre outros.
As equipes de trabalho do acampamento foram premiadas e homenageadas e, logo em seguida foram divulgados os prêmios.
2º LUGAR: 35 CTG - Apresentou teatro a mulher no imaginário social
3º LUGAR: DTG Morro da tapera: Apresentou o tema teatralizado para receber escolas
4º LUGAR: Piquete Lendas do Sul: Literatura gaúcha do tema, culinária com distribuição de bolinhos aos visitantes
5º LUGAR: DTG Doze de Outubro: Palestra sobre o tema, teatro artesanato e culinária
Destaque Originalidade: Aporreados do 38
Destaque trabalho comunitário: CTG Descendência farrapa
Destaque campeiro: Piquete Venâncio Blehm
Destaque especial: Piquete Laços de Sangue
Desfile temático: 4º Lugar - Invernada 8 - Crendices e Superstições
Desfile temático: 5º Lugar - Invernada 5 - O Mate do João Cardoso
As equipes de trabalho do acampamento foram premiadas e homenageadas e, logo em seguida foram divulgados os prêmios.
PROJETOS CULTURAIS NO ACAMPAMENTO:
1º LUGAR: Rancho do Tininho, lote04 - dramaturgia no piquete com 4 peças teatrais2º LUGAR: 35 CTG - Apresentou teatro a mulher no imaginário social
3º LUGAR: DTG Morro da tapera: Apresentou o tema teatralizado para receber escolas
4º LUGAR: Piquete Lendas do Sul: Literatura gaúcha do tema, culinária com distribuição de bolinhos aos visitantes
5º LUGAR: DTG Doze de Outubro: Palestra sobre o tema, teatro artesanato e culinária
Destaque Originalidade: Aporreados do 38
Destaque trabalho comunitário: CTG Descendência farrapa
Destaque campeiro: Piquete Venâncio Blehm
Destaque especial: Piquete Laços de Sangue
Desfile tradicional: 5º Lugar Piquete Marca do 38
Desfile tradicional: 4º Lugar Piquete Mena Quevedo
Desfile tradicional: 3º Lugar Piquete Adaga de Prata
Desfile tradicional: 2º Lugar DTG 12 de Outubro da ADESBAM
Desfile tradicional: 1º Lugar CTG Sentinela dos pampas
Desfile tradicional: 2º Lugar DTG 12 de Outubro da ADESBAM
Desfile tradicional: 1º Lugar CTG Sentinela dos pampas
Desfile temático: 4º Lugar - Invernada 8 - Crendices e Superstições
Desfile temático: 5º Lugar - Invernada 5 - O Mate do João Cardoso
Desfile temático: 1º Lugar - Invernada 9 - Chasque do imperador
Desfile temático: 2º Lugar - Invernada 3 - Negrinho do Pastoreio
Desfile temático: 3º Lugar - Invernada 7 - Mitos - Bruxa e o lobisomem
Desfile temático: 2º Lugar - Invernada 3 - Negrinho do Pastoreio
Desfile temático: 3º Lugar - Invernada 7 - Mitos - Bruxa e o lobisomem
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
XXII RONDA JOVEM
A Coordenadoria Regional da 30ª RT Do MTG/RS através de seu Departamento Cultural e suas Prendas Regionais, comandadas pela 1ª Prenda da 30ª RT Do MTG/RS Srta Laura Callegaro de Oliveira, convidam a todos a prestigiarem a XXII edição da Ronda Jovem
EVENTO: XXII RONDA JOVEM
TEMARIO: MTG EM DEFESA DA SAUDE E BEM ESTAR DO TRADICIONALISTA
DATA: 09/11/2013
LOCAL: SOCIEDADE GAUCHA DE LOMBA GRANDE – NOVO HAMBURGO
HORARIO: 14h00min
EVENTO: XXII RONDA JOVEM
TEMARIO: MTG EM DEFESA DA SAUDE E BEM ESTAR DO TRADICIONALISTA
DATA: 09/11/2013
LOCAL: SOCIEDADE GAUCHA DE LOMBA GRANDE – NOVO HAMBURGO
HORARIO: 14h00min
ENART - atenção para instruções musicais
Notas de Instruções
Musicais para o
ENART 2013
CONCURSO: DANÇAS
TRADICIONAIS
QUESITO: MÚSICA
FORÇA “B”
Dos
instrumentos
1- Serão
permitidos somente instrumentos acústicos.
2- Só serão
admitidos violões com caixa acústica maciça ou reduzida, desde que reproduzam a
sonoridade de um violão acústico tradicional. Não serão permitidos quaisquer tipos
de instrumentos sem caixa acústica nenhuma.
3- Os
instrumentos podem conter equipamentos de equalização, volume e afinação. Será permitido
o uso de pedais do tipo equalizador, volume e pedais para instrumentos de percussão.
Não sendo admitidos quaisquer outros pedais de modificação timbrística, bem como
de ambientação acústica (reverb, chorus, distorcimento, delay, decay, ataque,
etc).
4- Os
instrumentos permitidos para uso nas danças tradicionais são: gaitas, violões,
violas, viola de arco, pandeiro, violino e rabeca.
5- Poderão
ser utilizados outros gêneros musicais, exclusivamente nas entradas e saídas
das danças tradicionais, quando se tratar de homenagem feita às etnias
formadoras do gaúcho (índia, portuguesa, açoriana, espanhola, negra,
luso-brasileira (biribas), alemã e italiana) e que contem com prévia
autorização da vice-presidência de Cultura do MTG, passada por escrito antes do
início da etapa em que ela for apresentada.
6 - Nas
coreografias de entradas e saídas dos grupos de danças tradicionais, admite-se
o uso de outros instrumentos quando a música escolhida, compatível com a
proposta da apresentação, forem necessários para a homenagem feita às etnias formadoras
do gaúcho.
7 -
Exclusivamente para as coreografias de entradas e saídas, os grupos de danças
poderão utilizar, além do pandeiro, outros dois instrumentos, entre os
seguintes: cajon, baixo acústico, prato de ataque e carrilhão.
8 - Somente
serão permitidos, nos concursos, quer sejam individuais ou coletivos, o uso dos
seguintes instrumentos musicais: violão, viola (10 ou 12 cordas),viola de arco,
violino, rabeca, gaitas, bandoneon e pandeiro.
9- A
afinação utilizada para os instrumentos é livre. A finalidade do instrumento
será harmônica e melódica. Esporádicos “ataques de percussão” na caixa do
violão serão permitidos, desde que não fique clara a troca da função original
do instrumento.
Dos instrumentistas
1- O número
máximo de músicos em palco é seis (6), podendo ter um número maior de inscritos,
mas apenas seis entram no palco de apresentação, sem revezamentos até o término
na apresentação.
2- É
permitido aos participantes em palco trocarem de instrumento ou função durante
a apresentação, bem como utilizarem dois ou mais instrumentos.
3- O número
mínimo de músicos é dois (2), sendo os instrumentos no mínimo uma gaita, um
violão ou uma viola e uma voz.
Da avaliação
1- A
avaliação de música obedecerá ao mesmo regulamento já em utilização na “FORÇA A”.
2- Para a
avaliação de música haverá um avaliador da equipe técnica do subdepartamento de
música do MTG.
3 - Serão
utilizados para fins de avaliação as fontes: Partituras das músicas das danças “Músicas
Tradicionais” (produção da Fundação Cultural Gaúcha – MTG,Artega, 2001) e o CD
referente a obra.
4- Os grupos
musicais serão avaliados sob os seguintes critérios:
a) correção
musical ............................................0,3 pontos
b) execução
musical ..........................................0,4 pontos
c) harmonia
de conjunto....................................0,3 pontos
Para a Força
“A”
Dos
Instrumentos
1- Serão
permitidos somente instrumentos acústicos.
2- Só serão
admitidos violões com caixa acústica maciça ou reduzida, desde que reproduzam a
sonoridade de um violão acústico tradicional. Não serão permitidos quaisquer tipos
de instrumentos sem caixa acústica nenhuma.
3- Os
instrumentos podem conter equipamentos de equalização, volume, e afinação. Será
permitido o uso de pedais do tipo equalizador, volume e pedais para
instrumentos de percussão. Não sendo admitidos quaisquer outros pedais de
modificação timbrística, bem como de ambientação acústica (reverb, chorus,
distorcimento, delay, decay, ataque, etc).
4- Os
instrumentos permitidos para uso nas danças tradicionais são: gaitas, violões,
violas, viola de arco, pandeiro, violino e rabeca e bandoneon.
5- Poderão
ser utilizados outros gêneros musicais, exclusivamente nas entradas e saídas
das danças tradicionais, quando se tratar de homenagem feita às etnias
formadoras do gaúcho (índia, portuguesa, açoriana, espanhola, negra,
luso-brasileira (biribas), alemã e italiana) e que contem com prévia
autorização da vice-presidência de Cultura do MTG, passada por escrito antes do
início da etapa em que ela for apresentada.
6 - Nas
coreografias de entradas e saídas dos grupos de danças tradicionais, admite-se
o uso de outros instrumentos quando a música escolhida, compatível com a
proposta da apresentação, forem necessários para a homenagem feita às etnias
formadoras do gaúcho.
7 -
Exclusivamente para as coreografias de entradas e saídas, os grupos de danças
poderão utilizar, além do pandeiro, outros dois instrumentos, entre os
seguintes: cajon, baixo acústico, prato de ataque e carrilhão.
8 - O número
máximo de músicos em palco é oito (8), podendo ter um número maior de inscritos,
mas apenas oito entram no palco de apresentação.
9- É
permitido aos participantes em palco trocarem de instrumento ou função durante
a apresentação, bem como utilizarem dois ou mais instrumentos.
10- O número
mínimo de músicos é dois (2), sendo os instrumentos no mínimo uma gaita, um
violão ou uma viola e uma voz.
Das fontes
para avaliação
1- Serão
utilizados para fins de avaliação as fontes: Partituras das músicas das danças “Músicas
Tradicionais” (produção da Fundação Cultural Gaúcha – MTG, Artega, 2001) e o CD
referente a obra.
2-
Resoluções musicais publicadas na página do MTG na internet.
Das
planilhas de avaliação
1- A nota
máxima da música será um (1,0) ponto.
2- A nota da
música (um ponto) será dividida nos quesitos: 1- correção musical: 0,3 pontos,
2- execução musical: 0,4 pontos, e harmonia de conjunto: 0,3 pontos.
3- Fica a
critério do(s) avaliador (es) estabelecer a nota, com base nas fontes indicadas
neste regulamento, justificando os descontos na planilha de avaliação.
4- A
afinação utilizada para os instrumentos é livre. A finalidade do instrumento
será harmônica e melódica (com exceção das percussões). Esporádicos “ataques de
percussão” em instrumentos que não sejam de percussão serão permitidos, desde
que não fique clara a troca da função original do instrumento.
Da participação
dos instrumentos nas músicas
1- Nas
danças tradicionais deve haver no mínimo dois (2) e no máximo oito (8) músicos,
sendo os instrumentos no mínimo uma gaita, um violão ou uma viola e uma voz. Os
instrumentos deverão ser tocados ao menos em uma das músicas.
2- Para ser
considerado tocado, o instrumento deve ser acionado ao mínimo uma vez do compasso
1 ou anacruse até o “Para Prosseguir” ou “Para Terminar”. Se for acionado em duas
ou mais músicas, não importa o tempo tocado.
3- É
obrigatório manter-se ao menos dois (2) instrumentos simultâneos.
4- É
obrigatório manter-se um instrumento realizando a melodia e outro realizando o acompanhamento,
durante todas as músicas, independente de ter canto ou não. As únicas exceções
são os passeios do “O Anú”, da Quero Mana”, e o levante da “Tirana do Lenço”, onde
são permitidos somente voz e acompanhamento instrumental.
6- Nos
passeios do Anu e Queromana, são permitidas no máximos duas vozes distintas (entre
vozes e instrumentos). O canto pode ser executado por no máximo dois cantores simultaneamente,
podendo ser dueto ou uníssono. O canto pode ser acompanhado por apenas um (1)
instrumento melódico, não ultrapassando o limite de duas (2) vozes distintas.
7- Nos
passeios do Anú e Queromana, com relação aos instrumentos melódicos, será permitida
a realização de até duas (2) vozes, seguindo as regras destas resoluções. Serão
permitidos contracantos instrumentais nos passeios destas danças desde que
compostos com ritmo melódico diferente da melodia principal.
8- Todos os
instrumentos podem realizar tanto a parte da melodia quanto a parte do acompanhamento,
devendo sempre estar em evidência a melodia.
9- Os
levantes devem ser executados sem apoio rítmico, por no máximo duas vozes distintas,
sendo de livre harmonização os intervalos. Não sendo necessário a apresentação de
pesquisa da letra. A descrição de levante está inserida no Manual de Danças 3ª
edição.
10-
Entremeios de dança ou vinhetas são permitidas desde que não obedeçam ao
conceito de levante para que não sejam passíveis de avaliação.
Dos detalhes
musicais
1- Os
instrumentistas poderão aplicar a articulação (staccato, legato, portato,
pizzicato, etc) a seu critério, contanto que não haja modificação significativa
para menor duração das figuras: mínima e semibreve. O aumento da duração das
figuras será considerado erro, a menos que esteja indicado na partitura por uma
fermata. A melodia (A, B ou C por exemplo) do trecho das danças devem ser
executadas no mínimo uma vez por inteiro como estão escritas no caderno de
partituras, antes de serem executadas com alguma articulação.
2- Na dança
“Rancheira de Carreirinha”, os staccatos indicados na partitura são obrigatórios.
3- Os
acentos indicados na partitura de “Cana Verde” e “Anu” são obrigatórios.
4- As
fermatas indicadas nas partituras são facultativas, e passíveis de tornarem-se
erro caso sejam executadas com duração exageradamente longa. Estas terão
validade tanto para a pauta melódica e a de acompanhamento, independente de
estarem presentes em ambas as pautas ou em apenas uma.
6- Serão
permitidas dissonâncias de nona maior em acordes de quinto grau quando e enquanto
a nota da melodia estiver na sétima menor. Ex. Balaio, primeira nota do
compasso 2; Cana verde, primeira nota do compasso 3; Rancheira de carreirinha,
primeira e segunda notas do compasso 13.
7- Serão
permitidas “dissonâncias” de sexta maior harmônica no acompanhamento e na melodia
(a duas ou mais vozes simultâneas) exclusivamente em acordes de primeiro grau da
tonalidade.
8- Permitido
duetos de 3º ou 6º graus paralelos em voz ou instrumental, mesmo que ocasione
dissonâncias, quando executado somente o dueto.
9- Demais
dissonâncias não serão permitidas nos tempo fortes para a melodia harmonizada e
em qualquer tempo para o acompanhamento.
10- É
permitida a realização de contracantos/contrapontos da melodia, tanto nos instrumentos
quanto na voz. Os mesmo obedecerão as demais regras de dissonâncias desta resolução.
Será considerado erro se os contrapontos/contracantos se sobreporem ou atrapalharem
a compreensão da melodia principal.
11- Qualquer
instrumento poderá realizar contraponto/contracanto, a exceção do pandeiro.
12- Os contracantos
devem ser elaborados de acordo com o folclore gauchesco, acarretando em erro
caso tenha características indevidas e em desacordo com este regulamento, como jazz,
country, bossa nova, rock e demais estilos musicais alheios ao folclore gaúcho.
13- Nos
contracantos não serão permitidos vocalizes com os artigos da frase, deve ser somente
com as palavras, não as fragmentando, podendo sim, fragmentar a frase.
14- Os
contracantos quando realizados pela voz poderão acorrer apenas com as palavras
da frase que o canto está executando, não podendo ser executado contracanto
vocal em trecho onde não há canto vocal.
15- Pode ser
flexibilizado o ritmo da figuras (colcheia pontuada + semicolcheia) presentes no
“Chotes Carreirinho”, “Chote de Quatro Passi” e “Caranguejo”, sem acarretar
erro.
Porém será
considerado erro a realização em duas colcheias.
16- Pode ser
flexibilizado o ritmo de colcheias consecutivas do “Chotes Carreirinho” (compasso
1 a 4), sem acarretar erro. Quem optar por esta flexibilização deve, de cada
duas colcheias consecutivas, alongar a primeira e encurtar a segunda,
impreterivelmente.
17- As
introduções musicais, não indicadas na partitura, podem ser elaboradas a partir
da segunda metade da partitura, onde se encaminha para o fim, ou a execução da
música inteira. É possível, no entanto, iniciar a música e dança sem
introdução, de acordo com a partitura, sem acarretar erro. Para a “Havaneira
Marcada”, se optado por realizar introdução, deve ser ignorado o compasso 1 e
realizado o compasso 33. No recomeço das danças Queromana e Roseira não há
necessidade de ser seguido o tempo escrito em pauta.
18- Alguns
ornamentos são permitidos (na melodia e nos contracanto/ contrapontos), “exclusivamente
para a(s) voz (es)”, ficando a critério do avaliador deferir exagero ou não.
Caso seja
constatado exagero que descaracterize a partitura em questão, será passível de desconto.
Estes são os ornamentos permitidos: glissando, portamento, appoggiatura, e vibrato.
No caso do “Chico Sapateado”, os ornamentos indicados na partitura são exclusivos
para os instrumentos melódicos, não para a voz, podendo ser executados ou não, sem
acarretar erro. Para os contracantos instrumentais a ornamentação fica livre
desde que de acordo com este regulamento.
19- As
respirações (físicas) para cantores devem respeitar o fraseado musical, sendo realizada
ao final de cada frase ou semi-frase, favorecendo o entendimento desta. A respiração
não deve interromper ou prejudicar uma palavra.
20- Nos
instrumentos a respiração (musical) deve respeitar o fraseado, no caso dos instrumentos
de arco e nas gaitas, em especial. O mau controle do fole não poderá duplicar uma
nota (figura musical), caso ocorra, será considerado erro.
21- Os
instrumentos de arco podem ser tocados com arco ou em pizzicato.
22- Os
ritardandos indicados nas partituras são facultativos.
23- A
acentuação rítmica do acompanhamento, quando em ritmos de seqüência continuada,
pode ser realizada das seguintes formas dentre as opções: para compasso binário
f-p, p-f, fp- mf-p, f-p-f-p ou p-f-p-f, para o compasso ternário f-pp ou p-f-f,
e para o compasso quaternário fp-mf-p, f-p-f-p ou p-f-p-f. (p: piano, f:forte,
mf: meio forte). É importante que os ritmos sejam executados de acordo com o
folclore gaúcho e de acordo com esta resolução.
24- A
articulação para o acompanhamento pode ser feita ao gosto do intérprete, não
ferindo os outros itens referidos neste regulamento.
25- A
divisão rítmica para letras diferentes deve ser realizada segundo a partitura,
não alterando as notas e realizando divisão nas figuras necessárias.
26- É
permitida a intervenção falada (ao microfone ou não) durante a execução das músicas,
desde que não interfira no entendimento da parte musical. Se houver
interferência causando prejuízo do entendimento musical, será passível de
desconto.
27- É
considerada a melodia principal das músicas das danças tradicionais as notas
escritas na pauta superior (clave de sol do acordeon) das partituras editadas
pelo MTG que servem de base para este regulamento. No caso de haverem duas ou
mais notas simultâneas, julgase por melodia a nota superior.
Para tal, se
o intérprete optar pela execução de apenas uma das notas escritas de forma vertical,
deverá executar a nota superior. São exceções: o final da Rancheira de
Carreirinha (no compasso "para terminar"), o segundo tempo do
compasso 7 do Anú e o primeiro tempo dos compassos 24 e 25 da Caranguejo.
Nestes casos
o intérprete pode executar como sendo melodia principal a nota superior (mediante)
ou a nota do meio (tônica). Para harmonizações da melodia a duas ou mais vozes
de qualquer trecho musical, deve-se manter com clareza a melodia principal.
28- Na
Havaneira marcada, o compasso 34 pode ser flexibilizado em acordes de tônica e dominante,
finalizando em acorde de tônica no compasso 35, cada um destes com duração de
um (1) tempo.
29- Para a
Cana Verde é permitido executar o “Para prosseguir” ignorando os compassos 36 e
37, executando o compasso 38 após o compasso 35.
30- Para a
Cana Verde, no “Para Terminar”, é permitido flexibilizar o compasso 40 em dois (2)
acordes de tônica e dominante, finalizando em acorde de tônica no compasso 41,
tendo esses acordes duração de um (1) tempo. A voz finaliza no primeiro tempo
do compasso 40.
31- Será
permitido ignorar o compasso 40, flexibilizando-se o compasso 39 em dois (2) acordes
de tônica e dominante excluindo o compasso 40 e executando o compasso 41 após o
39, tendo esses acordes duração de um (1) tempo.
Das músicas
sem partitura
1- A letra
deve ser predominante em português e deve conter temas e características musicais
do folclore Sul Rio-Grandense. Os ritmos devem ser, de acordo com cada coreografia
sorteada, marcha/polca para a “Meia-Canha”, chote para o “Chote de Duas Damas”,
e rancheira para o “Pau-de-Fitas”.
2- Estas
músicas podem ser executadas com instrumentos, a cappella, ou de forma mista.
Não seguem
as regras de dissonâncias e contrapontos/contracantos deste regulamento.
Devem estar
de acordo com a coreografia e ser de referência gauchesca.
3 - Erros de
execução, desafinações e demais erros são passíveis de desconto.
Das letras
não indicadas em bibliografia e no regulamento
1-Para serem
utilizadas pelos musicais no concurso de danças tradicionais em eventos regulamentados
pelo MTG, deverão ser utilizadas letras presentes no Livro de Danças Tradicionais
e/ou CD das danças tradicionais. Também poderão ser utilizadas as letras anexadas
e esta resolução, letras estas pesquisadas nas seguintes referências:
- Meyer,
Augusto. (1959). Cancioneiro Gaúcho. Porto Alegre: Editora Globo.
- LOPES
NETO, J. Simões. Cancioneiro guasca; antigas danças, poemetos, quadras, trovas,
dizeres, poesias históricas, desafios. Porto Alegre, Editora Globo, 1954.
Coleção Província.
Quem optar
por utilizar outras letras deverão apresentar junto à comissão avaliadora a
letra
juntamente
com pesquisa bibliográfica.
LETRAS
PESQUISADAS
BALAIO
Mandei fazer
um balaio pra guardar meu algodão;
Balaio saiu
pequeno, não quero balaio, não.
Balaio, meu
bem, balaio, balaio do coração,
Moça que não
tem balaio bota a costura no chão.
Balaio, meu
bem, balaio, balaio, peneira grossa,
Desamarra a
cachorrada, capivara está na roça.
Balaio, meu
bem, balaio, balaio do presidente;
Por causa
deste balaio já mataram tanta gente!
Balaio, meu
bem, balaio, balaio de tapeti;
Por causa
deste balaio, me degredaram daqui.
Recorta, meu
bem, recorta, recorta o teu bordadinho,
Depois de
bem recortado, guarda no teu balainho.
Mandei fazer
um barquinho da casca do camarão,
Para levar o
meu bem de Santos ao Cubatão.
Mandei fazer
um barquinho da casca do pau aderno
Para
embarcar o diabo da madeiro pro inferno
CANA VERDE
Cana-verde, cana-verde,
minha cana cristalina (bis)
Eu quisera
ser um cravo, pro cabelo das meninas
Ai, ai! Meu
bem...ai,ai! Meu Bem...ai, ai! Meu bem...ai,ai! Meu Bem!
Eu quisera
ser um cravo, pro cabelo das meninas.
CARANGUEJO
Sim, sim,
sim...não, não, não...
Estou a tua
espera e não me dás teu coração.
O pé, o pé,
o pé...a mão, a mão, a mão...
Minha gente
venha ver o caranguejo no salão.
No fundo do
mar tem peixe, na beira tem camarão
Nas ondas
dos teus cabelos navega meu coração.
Caranguejo
não é peixe, se é peixe ninguém come
Ainda há
chegar o tempo das muié falar dos home.
CHICO
SAPATEADO
O Chico caiu
no poço, não sei como não morreu,
Por ser
devoto das almas, nossa Senhora o valeu.
O Chico caiu
no poço, do fundo tirou areia;
Ninguém
tenha dó do Chico, que está preso na cadeia.
O Chico foi
lá no poço com uma pedra no pescoço:
Ninguém
tenha dó do Chico, que ele morreu por seu gosto.
Lá vem
Chico, lá vem Chico, deixá-lo que venha, sim:
Eu não devo
nada ao Chico, nem ele me deve a mim.
Quem é
aquele que lá vem com o lenço feito bandeira?
Pelo jeito
que estou vendo, é o Chico Polvadeira.
Quem é
aquele que lá vem no seu cavalo alazão?
É o nosso
amigo Chico que vem dançar o sabão;
O cavalo deu
um prisco, o Chico caiu no chão.
O Chico caiu
no poço vestidinho de licor
Vós ide
buscar o Chico que o Chico é meu amor.
Quando vim
da minha terra muita menina chorou
Só o diabo
de uma velha muita praga a mim rogo
Quando vim
da minha terra trouxe platas e platinas
Eu me chamo
Chico doce namorado das meninas
Eu me chamo
Chico doce por sobrenome melado
Quando chego
ao pé das moças fico todo açucarado
Garibaldi
foi a missa no seu cavalo alazão
O cavalo
entrupicou Garibaldi foi ao chão
CHIMARRITA
Vou cantar a
Chimarrita que hoje ainda não cantei;
Deus lhes dê
as boas-noites que hoje ainda não lhes dei.
Vou cantar a
Chimarrita, que uma moça me pediu;
Não quero
que a moça diga: ingrato, não me serviu.
A moda da
Chimarrita veio de Cima da Serra;
Pulando de
galho em galho, foi parar em outra terra.
Chimarrita
quando nova uma noite me atentou
Quando foi
de madrugada, deu de rédea e me deixou!
Chimarrita
no seu tempo já muito potro domou;
Agora quer
um sotreta...nem um rodilhudo achou.
Chimarrita e
Chimarrita, Chimarrita do sertão,
Pra casar a
sua filha deu de dote um patacão.
A Chimarrita
é uma velha que mora no faxinal,
Socando sua
canjica, comendou feijão sem sal.
Chimarrita é
mulher pobre, já não tem nada de seu,
Só tem uma
saia velha que sua sogra lhe deu.
-
Chimarrita, mulher velha, quem te trouxe lá do Rio?
- Foi um
velho marinheiro na proa do seu navio.
Chimarrita é
altaneira, não quebra nunca o corincho;
Diz que tem
trinta cavalos e não tem nem um capincho.
Chimarrita
diz que tem dois cavalinhos lazões;
Mentira da
Chimarrita, não tem nada, nem xergões!
Chimarrita
diz que tem quatro cavalos oveiros;
Mentira da
Chimarrita, só se são quatro fueiros!
Chimarrita
diz que tem sete cavalos tostados;
Mentira da
Chimarrita, nem perdidos, nem achados!
Chimarrita
diz que tem dois zainos e um tordilho;
Mentira da
Chimarrita, nem um cupim pro lombilho.
Chimarrita
diz que tem três cavalos tubianos;
Mentira,
tudo mentira, nem garras, pingos, nem panos!
Aragana e
caborteira, a Chimarrita mentiu;
Não censure
a dor alheia quem nunca dores sentiu.
Quem sabe se
a Chimarrita na alma criou cabelos;
Quem vê uma
bagualada, vê mais vultos do que pêlos...
Tironeada da
sorte, a Chimarrita rodou;
Logo veio a
crua morte e as garras lhe botou.
Chimarrita
morreu ontem, ontem mesmo se enterrou;
Quem chorar
a Chimarrita leva o fim que ela levou.
Chimarrita
morreu ontem, ontem mesmo se enterrou;
Na cova da
Chimarrita fui eu quem terra botou.
Chimarrita
morreu ontem e ainda hoje tenho pena;
Do corpo da
Chimarrita vai nascer uma açucena...
Chimarrita
morreu ontem, inda hoje tenho dó;
Na cova da
Chimarrita nasceu um pé de cidró.
Chimarrita
morreu ontem, mas pra sempre há de durar;
As penas da
Chimarrita fazem a gente pensar...
Coitada da
Chimarrita! Vou rezar por ser cristão:
A pobre da
Chimarrita viveu como um chimarrão.
Quanta
maldade se disse da Chimarrita, coitada!
A pedra
grande faz sombra e a sombra não pesa nada.
Chimarrita
generosa, ó Chimarrita, perdoa!
Quem te
chamava de má não era melhor pessoa...
A Chimarrita
no campo com os bichos todos falou;
Na morte da
Chimarrita, o bicharedo chorou.
O trevo de
quatro folhas da Chimarrita é feitura,
Com ele se
quebra a sina que o mal sobre nós apura.
Aqui paro,
na saída do fim desta narração;
A moça, se
está contente, me dê o seu galardão.
Eu disse o que
a bisavó da minha vó me ensinou;
Se alguém
sabe mais do que eu, já não está aqui quem falou.
Chimarrita,
Chimarrita, Chimarrita, meu amor,
Por causa da
Chimarrita passo tormentos e dor.
Chimarrita,
Chimarrita, Chimarrita do outro lado,
Por causa da
Chimarrita passei arroios a nado.
Já dormi na
tua cama já tua boca beijei
Já gozei os
teus carinhos e outras coisas que eu cá sei.
Chama Rita
chama Rita chama Rita uma mulher
Sai de manhã
para fora entra à noite quando quer.
A mulher do
chama-Rita é uma santa mulher
Dá os ossos
ao marido a carne a quem ela querer
A moda da
chimarrita veio de Cima da Serra,
Pulando de
galho em galho, foi parar em outra terra.
Chimarrita e
chimarrita, chimarrita do sertão
Vai casar a
sua filha, deu de dote um patacão.
Chimarrita,
mulher velha, quem te trouxe lá do Rio?
Foi um velho
marinheiro na proa do seu navio.
A moda da
chimarrita veio de Cima da Serra,
Pulando de
galho em galho, foi parar em outra terra.
O ANÚ
O anu é
pássaro preto, passarinho de verão;
Quando canta
à meia-noite, ó que dor no coração.
E se tu,
anu, soubesses quanto custa um bem-querer
Ó pássaro,
não cantarias às horas do amanhecer.
O anu é
pássaro preto, pássaro do bico rombudo;
Foi praga
que Deus deixou todo negro ser beiçudo.
Folgue,
folgue minha gente, que uma noite não é nada
Se não
dormires agora, dormirás de madrugada
Tão bela
flor, quero-mana, as barras do dia aí vêm,
Os galos já
estão cantando, os passarinhos também.
Os galos já
estão cantando e os passarinhos também,
Vai
recém-amanhecendo e aquela ingrata não vem.
Ah! galo, se
tu soubesses quanto custa um bem-querer,
Nunca, nunca
tu cantavas às horas do amanhecer!
Tão bela
flor, digo agora, tão bela flor, quero-mana,
Quando eu
ando neste fado, a própria sombra me engana.
Adeus,
quero-mana ingrata, que inda te pretendo ver
Abrasada de
saudade e sem ninguém te valer...
Para que de
mim te queixas? pois se eu presumo de amar?
Se é da
minha natureza de madrugada cantar?
Que
passarinho é aquele que está na flor da banana,
Co'o
biquinho dá-lhe, dá-lhe, co'as asinhas, quero-mana!
TATU COM
VOLTA NO MEIO
Eu vim pra
contar a história dum Tatu que já morreu,
Passando
muitos trabalhos, por este mundo de Deus.
O Tatu foi
mui ativo pra sua vida buscar;
Batia casco
na estrada, mas nunca pode ajuntar.
Ora, pois
todos escutem do Tatu a narração,
E, se houver
quem saiba mais, entre também na função.
O Tatu foi
homem pobre que apenas teve de seu
Um balandrau
muito velho que o defunto pai lhe deu.
O Tatu é
bicho manso, nunca mordeu a ninguém,
Só deu uma
dentadinha na perninha do seu bem.
O Tatu é
bicho manso, não pode morder ninguém,
Inda que
queira morder, o Tatu dentes não tem.
O Tatu não
calça meia porque tem o pé rachado,
Tem a
cintura de moça e os olhos de namorado.
O Tatu saiu
do mato, vestidinho, preparado,
Parecia um
capitão de camisa de babado.
O Tatu saiu
do mato, procurando mantimento;
Caiu numa
cachorrada que o levou cortando vento.
O Tatu me
foi à roça, toda a roça me comeu;
Plante roça
quem quiser, que o tatu quero ser eu.
O Tatu é
bicho chato, rasteiro, toca no chão;
Inda mais
rasteiro fica quando vai roubar feijão.
O Tatu de
rabo mole faz guisado sem gordura,
Ele é feio
mas gostoso, só lhe falta compostura.
Meu Tatu de
rabo mole, meu guisado sem gordura,
Eu não gasto
meu dinheiro com moça sem formosura.
Depois de
muito corrido nos pagos em que nasceu,
O Tatu alçou
o ponche, pra outras bandas se moveu.
Eu vi o Tatu
montado no seu cavalo picaço,
De bolas e
tirador, de faca, rebenque e laço.
Aonde vai,
senhor Tatu, em tamanha galopada?
Vou para
Cima da Serra, dançar a polca-mancada.
O Tatu subiu
a Serra, no seu cavalo alazão,
De
barbicacho na orelha, repassando um redomão.
O Tatu subiu
a Serra pra serrar um tabuado,
Levou mala
de farinha, e um porongo de melado.
O Tatu subiu
a Serra à força de mocotó,
Caminhou
cinqüenta léguas, pra ver se achava ouro em pó.
O Tatu subiu
a Serra com fama de laçador;
Bota laço,
tira laço, bota pealos de amor.
O Tatu subiu
a Serra com ganas de beber vinho;
Apertaram-lhe
a garganta, vomitou pelo focinho.
O Tatu foi
encontrado no passo do Jacuí,
Trazendo
muitos ofícios para o general Davi.
O Tatu foi
encontrado lá nos cerros de Bagé,
De laço e
bolas nos tentos, atrás de um boi jaguané.
O Tatu
depois foi visto no cerro de Viamão,
Com seu
lacinho nos tentos, repassando um redomão.
O Tatu foi
encontrado no cerro de Batovi,
Roendo as
unhas de fome, ninguém me contou, eu vi.
O Tatu foi
encontrado pras bandas de São Sepé,
Mui aflito e
muito pobre, de freio na mão, a pé.
O Tatu foi
encontrado na serra de Canguçu,
Mais triste
do que um socó e sujo como urubu.
Depois de
muita folia em que o Tatu se meteu,
Deram-lhe
muito guascaço e o Tatu ensandeceu.
E logo
desceu pra baixo, mui triste da sua vida,
Com a casca
toda riscada, de orelha murcha, caída.
Ao chegar à
sua casa, o Tatu vinha contente,
Por ver a
sua Tatua e quem mais era parente.
Minha
comadre Tatua, adeus, como tem passado?
- Tenho
passado mui bem, porém com algum cuidado.
Tatua, minha
Tatua, acuda, senão eu morro!
Venho todo
lastimado das dentadas de um cachorro.
Dei graças a
Deus achar uma toca já deixada,
Pois que
vinha um caçador com uma grande cachorrada.
Até chegar
nesta idade, remédio nunca tomei;
Tatua, estou
mui doente, faz remédio, eu tomarei.
Se quiser
curar, me cure, não lhe faltando a vontade,
Que senão eu
vou-me embora lá pra casa da comadre.
Ela deu
folhas de umbu com raiz de pessegueiro,
Mas, coitado
do Tatu, morreu ainda mais ligeiro!
A Tatua e os
tatuzinhos puseram a cavoucar,
Pra fazer a
funda cova, pra o seu Tatu enterrar.
A Tatua está
viúva, o seu Tatu já morreu;
Ela agora
quer marido travesso, como era o seu.
A Tatua está
mitrada, quer marido doutro jeito,
Que não viva
longe dela, seja um Tatu de respeito.
E, se alguns
dos meus senhores, quer ser Tatu preferido,
A Tatua está
viúva: é só fazer seu pedido...
Já chegou o
Tatu-canastra com sua calça de bombacha;
Trazia a sua
sanfona de quarenta e oito baixo...
O tatu mais
a mulita, é lei da sua criação:
Se é macho,
não tem irmã, se é fêmea, não tem irmão.
- Meyer,
Augusto. (1959). Cancioneiro Gaúcho. Porto Alegre: Editora Globo.
- LOPES
NETO, J. Simões. Cancioneiro guasca; antigas danças, poemetos, quadras, trovas,
dizeres, poesias históricas, desafios. Porto Alegre, Editora Globo, 1954.
Coleção Província.
EQUIPE
TÉCNICA DO SUBDEPARTAMENTO DE MÚSICA 2013 MTG/RS
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