terça-feira, 3 de maio de 2016

Editorial do Presidente - O público, o institucional e o privado

          Vivemos um momento especial, momento importante, que permite celebrarmos a maior instituição associativa civil de nosso estado, talvez de nosso país, com objetivos claros e aspectos filosóficos e sociológicos que permanecem inalterados ao longo destes anos.

          De que forma podemos fortalecer tais valores, o que a sociedade espera, o que nossos associados necessitam, o que eles precisam e esperam que a instituição faça por todos. Vejamos que, além de festejar, confraternizar, celebrar e comemorar, acredito que possamos fazer deste ano do cinquentenário um grande momento de reflexão. Rever formas e mecanismos que praticamos incansavelmente, às vezes nos apropriando involuntariamente, mas sempre com o desejo e a vontade de fazer mais e melhor.

          Não temos culpa, mas carregamos uma expectativa de todos dos que querem fazer, querem ser ouvidos, querem ser entendidos, querem colaborar, contribuir, serem agentes efetivos de um processo que pertence a muitos, ou, digo, pertence a todos.

          Olhar para o passado e buscar a tradicionalidade, simplicidade e originalidade dos primórdios do Movimento Tradicionalista Gaúcho é, sem dúvida alguma, nosso maior desafio. Cumprir o papel orientador e organizador deve ser nosso norte, mas de uma forma positiva e inclusiva em sua totalidade.

           Jamais podemos nos prender a vontades e vantagens pessoais nos valendo de toda a estrutura e organização que temos em nossa instituição. Devemos nos manter alertas a estas questões. Temos a clareza do momento social que vivemos, a evolução dos métodos, a adequação dos processos, até mesmo sua profissionalização. Os interesses da instituição construídos ao longo deste meio século, por muitas mentes pensantes, devem ser preservados, mantidos e transmitidos às novas gerações. Nunca devem ser apropriados e usados para projetos pessoais.

           Refiro-me ao patrimônio cultural, intelectual e social construído ao longo deste tempo pelo MTG. A quem ele pertence, se não ao MTG? De que forma pode e deve ser usado, por quem, e quem tem o direito de manipular? Estes são questionamentos que me faço, e faço aos senhores. Não tenho e não vejo hipótese de alguém ter o direito de expor este patrimônio “imaterial” do MTG sem sua prévia autorização.

           Assim, penso e acredito que valores maiores e referências físicas devem ser preservadas, respeitadas, para que nossa instituição busque um crescimento, um aprimoramento e amadurecimento na condução de todas estas questões. Deixo estas perguntas, que são minhas e de muitos, mas, acima de tudo, acredito que em cada um está a resposta. Cada tradicionalista sabe o que e como deve ser feito, e deve fazer. Espero a compreensão e o entendimento para, daí, juntos, respondermos a estes questionamentos e encaminharmos às nossas soluções.
Preservar e transmitir, ouvir e ser ouvido, falar e fazer, planejar e construir, mas acima de tudo a INSTITUIÇÃO.

Nairo Callegaro
Presidente do MTG

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