A Chama Crioula encerra em si o sentimento de nativismo que toma conta de cada gaúcho. É inegável a influencia da história e da forma como a sociedade se criou sobre o comportamento geral da sociedade que não perde a oportunidade de manifestar o orgulho de ser gaúcho ou de “ser do Sul”.
Os festejos farroupilhas e o envolvimento social que se verifica nessa época do ano precisam ser reconhecidos. Por mais que alguém acredite ser o gaúcho uma invenção ou que a Revolução Farroupilha não foi importante, a sociedade ignora essas opiniões e festeja. Se a voz do povo é a voz de Deus, então não há o que se discutir: a Revolução Farroupilha foi um episódio que merece ser comemorada.
Já se disse que ser gaúcho é uma opção. Já sabemos que gaúcho e sul-rio-grandense não são sinônimos. A maioria concorda que fazemos parte de uma sociedade diferenciada porque tem a coragem de defender ideais e de cantar o hino farroupilha com entusiasmo. A maioria acredita na força da tradição e apoia a preservação de hábitos e costumes típicos. Portanto há um ambiente favorável para a realização das festividades e uma disposição para que isso ocorra.
Mesmo que tenhamos dificuldades de ordem financeira, com escassez de recursos ou com menos recursos do que desejaríamos ou precisaríamos, vamos fazer sempre o melhor possível. Cada tradicionalista vai fazer tudo o que puder, vai se doar e, seguidamente, vai “pagar a conta”. Se não pudermos fazer tudo o que desejaríamos faremos tudo o que pudermos nas circunstâncias atuais.
Ser do Sul também é saber superar as dificuldades e valorizar as coisas boas. Ser do Sul é enfrentar as dificuldades com denodo, é erguer a cabeça e encher o peito sempre que for desafiado a realizar. Ser do Sul é ser criativo e fazer mais do que a maioria faria, nas mesmas circunstâncias.
Nesse período vamos comemorar e entoar inúmeras vezes o nosso hino farroupilha, vamos realizar rodeios campeiros e artísticos, vamos dançar, cantar, cavalgar e desfilar com muito orgulho, vamos andar pilchados mais do que em outras épocas e mostrar quem somos e qual o sentimento que nos domina.
A época é de congraçamento e de mútuo apoio. Se alguém nos agredir não vamos revidar, a não ser que seja inevitável. Se alguém nos acusar por sermos adeptos das coisas tradicionais, vamos ignorá-los. Se houver gente interessada em agredir o Movimento Tradicionalista e seus líderes, vamos absorver as críticas e responder com ações construtivas e úteis para a sociedade. Não podemos acreditar em tudo o que se ouve, nem em tudo o que se lê. Frente a alguma dúvida, o que um tradicionalista deve fazer é verificar e se informar antes de falar ou concluir.
Como arremate dessa mensagem de otimismo e incentivo a todos os tradicionalistas, concito a todos para que não se envolvam em polêmicas criadas que ocupam generosos espaços de mídia. Aqueles que preferirem gastar seu tempo com provocações desnecessárias ou com situações que em nada contribuem para o fortalecimento da cultura e da identidade regional, devem ser deixados de lado. Um velho jargão pode ser utilizado: “enquanto os cães ladram a banda passa”. Convido a todos para compor a banda!!
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