domingo, 3 de janeiro de 2016

Editorial do Presidente - A hora é de agradecer....

          A forma mais usual de agradecimento se faz pelo emprego de palavras que expressam sentimento em relação aos outros. A propósito disso, recebi recentemente um pequeno vídeo em que um palestrante ensina que há três formas de agradecimento: uma superficial, outra intermediária e outra profunda, sempre seguindo as teorias de São Tomás de Aquino.

          O nível mais superficial é o agradecimento intelectual, como fazem os americanos que dizem “thank you”. No nível intermediário se agradece dando graças, como fazem os italianos e os franceses com “grazie” e “merci”. O terceiro nível e aquele em que a pessoa que agradece fica vinculada, fica comprometida. É neste nível mais profundo que está a forma portuguesa de agradecer, pois que diz “obrigado”, ou para acentuar ainda mais o vínculo, se diz “muito obrigado”.

          É neste nível que desejo expressar a minha gratidão à Diretoria, aos Coordenadores, aos Conselheiros, aos Patrões que nos entenderam e seguiram, a cada tradicionalista que nos apoiou, nas horas boas e nas horas difíceis. Por isso lhes digo MUITO OBRIGADO. Fico-lhes obrigado a ser-lhes parceiro. Fico-lhes vinculado para atender as demandas do tradicionalismo gaúcho organizado.

           Ao rememorar os compromissos que assumimos quando percorremos o Rio Grande do Sul, em 2013, apresentando nossos compromissos, percebemos que os onze pontos eram factíveis e alcançáveis no tempo que nos propúnhamos ficar à frente do MTG. No entanto, vejo hoje que só foi possível cumprir as metas porque contei com um grupo de tradicionalistas dedicado, comprometido, ético e competente, tanto no MTG quanto na Fundação Cultural Gaúcha.

           O Conselho Diretor foi parceiro na execução das mudanças estruturais produzidas no Congresso Extraordinário de 2014 e os Coordenadores regionais souberam transmitir as ideias da nova diretoria para as bases do Movimento. Por seu turno, as Juntas Fiscais do MTG e da Fundação, foram cuidadosos e leais na fiscalização das contas.

           Quando tivemos que fazer o enfrentamento com setores vinculados à área campeira (alguns narradores e pequena parcela de laçadores), tivemos o apoio e a parceria incondicional do Conselho Diretor e da maioria absoluta dos coordenadores. Quando alguns setores e dois ou três jornalistas nos apontaram o dedo, lá estavam muitos tradicionalistas para dizer: “não é assim!”.

           Sempre que aplicamos a parte mais difícil dos regulamentos do que resultam as punições, houve compreensão da maioria do Movimento que me apoiou e deu respaldo.

          Eu e minha fiel e competente companheira Odila, estamos encerrando uma tarefa. Concluindo uma etapa das nossas vidas e da vida da instituição. Nosso sentimento é o do dever cumprido. E as nossas almas transbordam do espírito da gratidão que nos leva a agradecer a cada amigo tradicionalista que acreditou no nosso compromisso de fazer o melhor ao nosso alcance.

           Pelos erros cometidos por mim ou pelos integrantes das diretorias do MTG e da Fundação, peço escusas pois que decorreram da condição natural do homem, falho e mortal.

          Aos que estiveram comigo e permanecerão desempenhando tarefas de liderança, ou decorrentes dos regulamentos, desejo sucesso. O novo Presidente do MTG terá, por certo, a lucidez e a graça de conduzir os destinos dessa entidade cinquentenária que é, de fato e por lei, patrimônio cultural do Rio Grande do Sul.

          Repito: estou obrigado com os amigos tradicionalistas!!
Janeiro de 2016

Manoelito Carlos Savaris
Presidente

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