quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Entrevista de Bertolini para o jornal A Razão
Pela terceira vez Bertolini é eleito presidente do MTG
O Congresso Tradicionalista encerrado no domingo em Santa Maria discutiu as diretrizes do MTG para ao longo deste ano e marcou a reeleição do homem que deverá conduzir o Movimento pelo terceiro ano consecutivo. Já na sexta feira, no primeiro dia do Congresso, já se sabia quem seria o presidente do MTG para 2013. Natural de Espumoso, mas com relação forte com a cidade de Santa Maria, Erival Bertolini, o militar aposentado e bem humorado chega mais uma vez ao cargo máximo do Movimento Tradicionalista Gaúcho. A eleição com chapa de consenso é a mostra de uma gestão unificadora, que levou o apoio das 30 regiões tradicionalistas. EL foi coordenador, por 12 vezes, da 13ª Região Tradicionalista. Mudou profundamente o modo de se pensar os desfiles farroupilhas na cidade e tem levado ideal de modernização e ampliação do cultivo das tradições Gaúchas. Bertolini concedeu entrevista ao jornal A Razão.
A Razão: Quem é Erival Bertolini?
Bertolini: O Erival Bertolini é uma das pessoas mais simples dessa terra, um cidadão aposentado que nasceu lá em Espumoso, que morou em Cruz Alta, morou em Santa Maria. Uma pessoa extremamente dedicada, com extremo amor pelo que faz e um homem muito simples e por isso eu atinjo essa população toda.
A Razão: Como é a relação com a sua família?
Bertolini: Eu sou muito grato a minha família. Nem sempre eles estão comigo, mas eu tiro um dia da semana para poder ficar com eles, com meus filhos e meus netos. Sou uma pessoa extremamente feliz fazendo o que faço e recebendo o apoio dos filhos e da minha mulher. Eles me ajudam, me incentivam e que me permitem fazer aquilo que me dá na telha e ter liberdade para ser um cidadão livre.
A Razão: O que lhe faz feliz?
Erival Bertolini: Ver os outros felizes.
A Razão: O que esperar de mais uma gestão sua à frente do MTG?
Bertolini: Esperar um MTG cada vez mais simples, puro, transparente e perto da população. Acho que temos de estar onde está o movimento e isso é aqui na base. Esse é o MTG. Quero em 2013 estar muito mais perto da população. Para isso vamos fazer interiorizações e vamos simplificar os processos. Procuramos fazer um MTG mais perto. Um MTG que cavalgue durante o dia, apeie, desencilhe, coma um churrasco ao lado da peonada e, à noite, descanse sobre um pelego.
A Razão: Qual o desafio que você gostaria de conquistar?
Bertolini: O principal desafio é nós atingirmos a maior parcela da população e levar o maior número de pessoas para os nossos centros de tradições. Quanto mais jovens nós tirarmos das drogas e levarmos para dançar num CTG melhor. Porque hoje quem vence não é quem fica rico, mas sim que não cai na droga.
A Razão: E como atrair os jovens?
Bertolini: Com nossos exemplos, com nossos eventos e com a nossa postura dando o exemplo para eles e assim vão nos seguir, acredito nisso.
A Razão: Uma das questões mais importantes que o MTG terá que enfrentar vai ser o andamento do Projeto de Lei do deputado Ricardo Tripoli (PSDB- SP) que afetaria diretamente os rodeios crioulos. Como o MTG vai se articular nesta questão?
Bertolini: Os rodeios estão alicerçados em três pilares, um mais forte que o outro. O cultural porque este estado foi desenvolvido pela pata de cavalo e com a pujança desses homens que lidam no campo. A social, tu já imaginou a quantidade de meninos que existem, desde muito pequenos, lançando uma vaquinha e aprendendo a andar a cavalo? Sendo feliz junto com a família? E assim não caindo para outros lados da vida. O terceiro pilar é o econômico. 45% do turismo interno do Rio Grande é promovido pelo MTG. Então se não puderem mais usar os animais o que vamos fazer quase a metade do turismo gaúcho? Já pensou no desemprego? Nós temos mais de quatro ou cinco mil grupos de cavaleiros que tocam este estado. Os rodeios não terminam e este projeto de lei já nasceu morto.
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