Irineu Neri da Luz é o homenageado da 24ª Fecars

Irineu Neri da Luz / Crédito da foto: Mariana Mallmann

Irineu Neri da Luz é o homenageado da 24ª Festa Campeira do Rio Grande do Sul (Fecars). Na solenidade de abertura, realizada na manhã desta sexta-feira, no Parque Eduardo Gomes, de Canoas, ele recebeu o reconhecimento do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). Acompanhado da esposa, Geni Pacheco da Luz, o tradicionalista de Esmeralda entrou na cancha de provas em uma carreta puxada por uma junta de bois e foi aplaudido pelos representantes das 30 regiões, que ocupavam o espaço.

Nascido em 30 de novembro de 1923, Irineu foi um dos homens que adotou, em outubro de 1951, a ideia de Alfredo José dos Santos de disputar o Tiro de Laço na saída de uma mangueira. Conforme ele, o objetivo inicial era reunir a gauchada e proporcionar que os homens aperfeiçoassem a habilidade de manejar o laço. A homenagem foi proposta no ano passado pelo então secretário-geral do MTG, Hélio dos Santos Ferreira, e foi aprovada pelo Conselho Diretor.

HISTÓRIA
No ano de 1951, nos campos de Esmeralda, na época 5º Distrito de Vacaria, o fazendeiro Alfredo José dos Santos, exímio laçador e conhecedor das lides de campo, teve a ideia de formar um quadro de laçadores. Em 14 de novembro de 1951 foi realizado o primeiro treino deste grupo, com a colaboração de Irineu Neri da Luz e de Hugo Lemos. Após este encontro, surgiu o segundo quadro, organizado por João Ferreira dos Santos, o que motivou a promoção do 1º Torneio de Laço. A iniciativa ocorreu em 4 de fevereiro de 1952, em uma cancha improvisada na propriedade de Jorge Tigre.

A partir daí, os rodeios começaram a ter cada vez mais adeptos. Assim, surgiu o 1º Rodeio Crioula de Vacaria, em 1958, idealizado por Getúlio Marcantônio, então patrão do CTG Porteira do Rio Grande. Marcantônio foi o precursor dos atuais rodeios, que se espalharam por todo Estado, inclusive com a criação de regras básicas que permanecem até os dias atuais.